sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Desabafo


A chuva, que já é demais, está a deixar-me louca.
De tal forma, que estou a reler isto (até tenho embaraço de o escrever!)... Pela enésima vez...



 
 
 
Por favor, digam-me que há cura. Que não sou um caso perdido.
Pelo sim, pelo não, vou procurar ajuda profissional.
Se não virem mais nenhuma publicação, é porque pirei de vez e fui internada.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Hora da sesta

E sai um grande bocejo para Castle!
Não me levem a mal, pessoal Casckettiano, mas a verdade é que a série tem sido... Mais do mesmo. E não é no bom sentido. Ou aquilo leva uma reviravolta valente, ou corre sérios riscos de se tornar uma novela mexicana e, consequentemente, sair da minha lista de gravação semanal.
Castle sempre foi uma boa série. Leve, cómica quanto baste e com aquele romance "ora fica, ora vai"de Kate e Rick. Havia aquelas teorias malucas de Castle para desvendar os casos. Havia aquelas cenas de perigo em que paravamos de respirar e pestanejar, não fosse um deles morrer a qualquer instante. Havia reviravoltas na trama.
Agora, de cada vez que há um caso estranho, o Rick não precisa abrir a boca, eu já sei que vai sair máfia, CIA ou qualquer entidade do genéro. De cada vez que um dos protagonistas está em perigo, já nada temo, porque sei que, na realidade, não morre ninguém. Talvez o problema seja esse. Acho que deviam matar algum personagem, dar algo novo à série. Por exemplo, no episódio de incêndio: estão lá o Ryan e o Javier completamente pedrados de monóxido de carbono e safam-se os dois! Tudo bem, o Ryan ia ser pai no mesmo dia... O que me lembra outra cena descabida: então a Jenny tem a miúda na ambulância e não fica com um cabelinho fora do sítio?! Nem uma gotinha de suor?! Eu sei que com concentração e tal, a coisa é capaz de se resolver, mas daí a manter a base colada à cara e o rabo de cavalo perfeitamente amarrado, vai uma grande distância!  Vá lá, ao menos a miúda não nasceu limpinha e lavadinha, vá lá!
Castle deu-nos excelentes episódios nas temporadas anteriores - assim de repente, lembro-me de 4 ou 5 - mas nesta, honestamente, não me ficou nenhum gravado. Talvez o primeiro, e mesmo esse, só os primeiros 15 minutos... No entanto, eu acho que toda a gente merece uma segunda oportunidade, por isso vou ver o que sucede até ao fim da temporada, se aguentar!
O me leva a outro assunto, esse sim bastante sério e bem mais dramático que todas as temporadas juntas.

Beckett, o que é que te deu?
Onde é que tu tinhas a cabeça, quando equacionaste a hipótese de levar este vestido ao altar?

 
 
Tu ensandeceste mulher?!
Que raio de vestido é este?! Foi a tua tetra-avó que te emprestou?! E esses reposteiros aí de lado?! Qu'é qu'é isso?! Se fosse só a parte cinzenta, seria menos mau, mas mesmo assim...
Eu compreendo que a série esteja mortiça, mas não admito que TU te deixes levar!

Tu que te deves levantar 3 horas mais cedo só para pores o eyeliner (Ai, o teu eyeliner!), tu que tens vestidos de fazer parar o trânsito (Ai, os teus vestidos! E os casacos! E as blusas!), tu que persegues criminosos de salto alto, como te deu para isto? Quero acreditar que isto seja estratégia, que no final vais escolher outro vestido, deixando-nos de queixo caído e a magicar onde raio o foste desencantar. Talvez seja isso, não nos iam mostrar logo assim a tua indumentária matrimonial, não é verdade? Tem que ser isso! São as más linguas!
Mas, pelo sim, pelo não, vou acender uma velinha aos santinhos das séries... Não vá o diabo tecê-las e dar-te para estas loucuras, provocando uma síncope cardíaca geral nos espectadores.


 
Vou rever os teus melhores momentos e esquecer aquele teu deslize.
Todos temos maus dias, não é verdade?

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Eu praxo, tu praxas, ele praxa, nós somos parvos

O tema que anda nas bocas do mundo...Ou talvez, só de Portugal.
Não frequentei a faculdade, sendo, portanto, nula a minha experiência nas humilhações praxes académicas. 
Já na secundária, quando ponderava uma possível vida universitária,  sempre achei que seria anti praxe. Só de me imaginar no meio de meia dúzia de animais pessoas aos berros a darem-me ordens estapafúrdias, era coisa para me pôr uma semana barricada em casa. Logo eu, com o meu ar de-não-faço-mal-a-uma-mosca, aliado à coroação de totó do ano, faço pequena ideia, seria como carne fresca no meio de hienas famintas.
Há muitos defensores das praxes, cada um com a sua teoria certeira de integração (onde?), acesso a apontamentos e regalias estudantis (mas não é suposto fazer isso nas aulas?), tradição, e tudo, e tudo, e tudo... Mas há coisas que não me entram na moleirinha.
 
Nem tudo na praxe é mau e a praxe, sobretudo a caloiros, não tem necessariamente de ser uma má experiência. Eu acredito nisso, mas daí a que isso exista em toda e qualquer faculdade ao virar da esquina, vai uma grande diferença! Em primeiro lidamos com humanos, logo o que será aceitável para alguns, para outros será uma vergonha. E se estes últimos abrirem a boca é bem provável que oiçam uma missa bem gritada cantada sobre a sua ausência de direitos. Por acaso, de tudo na praxe, aquilo que mais espécie me faz é mesmo isso: a dignidade. Ou a falta dela. E a arrogância de quem praxa. Pronto, nesta altura estarão já a pensar em generalizações absurdas, feitas com base em meia dúzia de reportagens, que, só por acaso, não assisti. Não é nisso que me baseio. Diz que há uma regra, parva que nem sei quem a assumiu como tal, que o praxado não pode olhar diretamente para quem o praxa. Se isto não é arrogância e perda de dignidade, para não falar em respeito e igualdade, então não sei o que é! O que é um fulano (a) é mais que o outro? Ou tem mais que outro? Onde é que isso contribui para uma boa integração de pessoas novas? Claro que eu posso levar a praxe como uma brincadeira, onde faço meia dúzia de parvoíces, às vezes para integrar num determinado grupo, e até me divirto e passo um bom bocado. Mas e se eu, enquanto caloiro (nem sequer me refiro a outras praxes), não quiser "cumprir" determinada "ordem"? Tem que existir uma hierarquia? Tudo muito certo, na secundária também havia: alunos, funcionários, professores e conselho diretivo. Ponto. Onde está a direção da faculdade, alguém que hierarquicamente esteja acima de todo e qualquer aluno, numa praxe? Talvez se estivesse, não haveriam tantos abusos.
 
Mais uma vez, e só para terminar, nem tudo na praxe é mau. Se calhar, se substituíssem aquilo que chamam de rituais de boas-vindas e integração, por outras atividades melhorariam bastante a qualidade das tradições. Claro que este assunto, agora nas bocas do mundo, vai morrer ali, ao pé da praia. ( E não, não pretendo fazer trocadilhos com o caso do Meco).